Dia a Dia

"A situação recusa projeto da oposição sem ao menos analisar direito", diz Aribé

Data de Publicação: 02 de Abril de 2014

Na manhã da última quarta-feira, 2, a maioria dos vereadores de Aracaju votou contrário ao Projeto de Lei que autorizava o Poder Executivo a implantar assistência psicopedagógica nos estabelecimentos de ensino público municipal com o objetivo de diagnosticar e prevenir problemas de aprendizagem, de autoria do vereador do PSB, Lucas Aribé.

 

O vereador construiu o PL após reuniões com representantes da classe. "Fizemos esse projeto atendendo aos apelos dos profissionais da área. Estivemos reunidos com eles e demos total apoio à causa, pois sabemos dos resultados obtidos quando há profissionais especializados nas escolas. Em nenhum momento do nosso texto obrigávamos o Poder Executivo a contratação, mesmo porque isso não seria algo legal. Como vereador, não posso gerar despesa para o município e sei disso. O Projeto apenas autorizava a existência da função para quando o Poder Executivo Municipal entendesse justo, criasse cargos para esses importantes profissionais", disse.

 

Apesar das explicações do parlamentar, o PL foi rejeitado por 11 votos a quatro. "Esse PL visava atender alunos com dificuldade de aprendizagem, algo tão comum e preocupante no Brasil. O intuito das escolas deve ser fazer com que todos aprendam de forma satisfatória. Pedi aos colegas de situação e o oposição para aprovarem o Projeto de Lei em primeira discussão justamente por entender como é importante ter uma educação com real qualidade", explica Aribé.

 

Lucas lembrou que o argumento usando pela bancada de situação, através do vice-líder Renilson Félix (DEM), não fazia sentido."Mais uma vez, nosso mandato tem projetos rejeitados de forma equivocada. Segundo o colega Renilson, o PL gera despesa para o Executivo, entretanto, isso não ocorre. Ele, como membro da Comissão de Justiça e Redação barrou esse projeto em 2013, entramos com recurso que foi aprovado por unanimidade, inclusive com o apoio da bancada de situação, e agora o mesmo argumento é utilizado. No Projeto do Táxi Adaptado também tivemos uma derrota sem motivo plausível", relembrou.

 

Segundo Aribé, essa derrota em plenário só confirma a postura que a bancada de situação tem no parlamento municipal. "A situação recusa projeto da oposição sem ao menos analisar direito", enfatizou. Votaram contra o PL do Psicopedagogo: Adelson Barreto Filho (PSL), Adriano Taxista (PSDB), Agamenon Sobral (PP), Augusto do Japãozinho (PRTB), Daniela Fortes (PP), Dr. Agnaldo Feitosa (PP), Emília Corrêa (DEM), Ivaldo José (PSD), Pastor Roberto Morais (SDD), Renilson Félix (DEM) e Valdir Santos (PTdoB). Foram favoráveis: Emmanuel Nascimento e Iran Barbosa, ambos do PT, Lucimara Passos (PCdoB) e o autor do PL, Lucas Aribé (PSB).  

 

Função do profissional

O psicopedagogo pode exercer algumas funções no cotidiano escolar e, tem como um dos papéis, analisar e assinalar os fatores que favorecem, intervém ou prejudicam uma boa aprendizagem em uma instituição. Propõe e ajuda o desenvolvimento dos projetos favoráveis a mudanças.